Sócrates garante projecto abandonado há sete anos

Para recuperar a confiança das populações e dos autarcas no empreendimento que é a Barragem de Ribeiradio-Ermida, foi preciso que o Governo, através de três dos seus elementos, desse a garantia que, após 70 anos de aspirações e sete anos de recuos e avanços, a Barragem finalmente irá avançar. Decisiva foi a alteração da legislação da Água que permite investimentos privados e o empenho da Martifer em tirar da gaveta um empreendimento que iria entrar para a história pela negativa. O Primeiro-Ministro José Sócrates foi a freguesia de Couto de Esteves, Sever do Vouga, para corrigir um erro do passado e levou consigo o Ministro da Economia, Manuel Pinho, e do Ambiente, Nunes Correia. Tudo para garantir que, “contra ventos e marés”, como fez questão de afirmar, a Barragem irá avançar.

Trata-se do primeiro aproveitamento hídrico lançado no âmbito do novo ordenamento jurídico trazido pela Lei da Água. A calendarização aponta para o ano de 2013 a conclusão da estrutura que irá produzir energia, fornecer água a 11 Municípios de Viseu e Aveiro, regularizar o caudal ecológico e ainda unir Sever do Vouga e Oliveira de Frades, que deixam de ter na ponte do Abade, em Pessegueiro do Vouga, o único meio de ligação.

A possibilidade de atravessar os concelhos por cima da barragem irá encurtar a distância entre os dois concelhos em cerca de 20 quilómetros. O turismo é outra das possibilidades que a Barragem de Ribeiradio-Ermida traz e que poderá ser aproveitada através de parcerias público privadas.

Foi no restaurante “O Júnior”, em Couto de Esteves, no dia 20 de Fevereiro, que se fez história em Sever do Vouga. O ambiente era de grande satisfação – não fosse esta uma obra reclamada há sete décadas.

(leia a notícia na íntegra e recorde a história da Barragem de Ribeiradio na edição da 1.ª quinzena de Março)

Fernanda Ferreira  
02-Mar-2009
www.jornalbeiravouga.com

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